Da Estátua da Liberdade à Sua Planta: Como a Corrosão Galvânica Coloca Estruturas em Risco
- Engetex Inspeções

- 13 de ago.
- 4 min de leitura
Atualizado: 22 de ago.
Quando pensamos em corrosão, é comum imaginar estruturas enferrujadas e equipamentos desgastados. Mas existe um tipo de corrosão que é ainda mais traiçoeira: a corrosão galvânica. Discreta no início, ela avança de forma acelerada quando diferentes metais entram em contato em presença de um eletrólito (como a umidade). O resultado? Danos estruturais, falhas em equipamentos e custos altos de manutenção.

O que é corrosão galvânica?
A corrosão galvânica ocorre quando três condições são atendidas simultaneamente:
Contato elétrico direto entre dois metais diferentes.
Presença de um eletrólito (como água do mar, umidade atmosférica ou soluções químicas condutoras).
Diferença de potencial eletroquímico entre os metais envolvidos.
Nesse cenário, o metal menos nobre (ânodo) sofre oxidação e é corroído, enquanto o metal mais nobre (cátodo) é protegido. Quanto maior a diferença de potencial entre os metais, maior será a intensidade do processo corrosivo. O fluxo de elétrons segue do ânodo para o cátodo através do contato metálico, enquanto os íons se movem pelo eletrólito, completando o circuito.

Série Galvânica
A série galvânica é uma lista que ordena metais e ligas de acordo com seu potencial de corrosão em um determinado eletrólito (por exemplo, água do mar a 25 °C). Na parte mais ativa da série estão os metais mais suscetíveis à corrosão (ânodos), enquanto na parte mais nobre estão os mais resistentes (cátodos). É importante lembrar que os valores dessa série variam conforme o eletrólito e as condições de medição. Por isso, tabelas devem ser usadas como referência inicial, e não como valor absoluto.

Por que isso importa na indústria?
Se um projeto junta dois metais com potenciais galvânicos muito diferentes (exemplo: aço e cobre), sem isolamento ou proteção, a corrosão galvânica vai acontecer de forma acelerada, criando furos, falhas estruturais e até acidentes. Por isso, o conhecimento do potencial galvânico é essencial na engenharia, especialmente em projetos industriais, elétricos e de infraestrutura.

Estudo de caso: A Estátua da Liberdade e sua batalha contra a corrosão galvânica
Pouca gente sabe, mas a Estátua da Liberdade é um dos exemplos mais emblemáticos de problemas causados por corrosão galvânica.

O que aconteceu?
A estrutura interna da Estátua da Liberdade foi construída com ferro forjado, já o revestimento externo é feito de cobre. E durante décadas, os dois metais ficaram separados por uma camada de revestimento de amianto e outros isolantes, mas com o passar do tempo, essa camada de proteção deteriorou-se, permitindo o contato direto entre o cobre e o ferro, especialmente em um ambiente úmido e salino como o de Nova York. O que resultou em uma intensa corrosão galvânica que começou a atacar a estrutura interna do ferro, colocando em risco a integridade da estátua. A solução que chegaram foi na década de 1980 e foi feita uma restauração. O ferro foi substituído por aço inoxidável e foi instalada uma nova barreira isolante entre os metais.


O que a indústria pode aprender sobre isso?
Se um dos monumentos mais famosos do mundo sofreu com esse problema, imagine o que pode acontecer em plantas industriais, onde diferentes metais convivem lado a lado em ambientes muito agressivos. Os exemplos típicos de risco industriais englobam:
Painéis elétricos instalados em ambientes externos;
Estruturas metálicas de apoio a tubulações;
Equipamentos de processo expostos a umidade ou ambientes salinos;
Sistemas de aterramento mal projetados.
Como prevenir a corrosão galvânica nas instalações industriais?
A prevenção começa no projeto e se estende até a manutenção. Algumas boas práticas:
Escolha correta de materiais: sempre que possível, use metais com potenciais galvânicos próximos;
Isolamento físico entre metais diferentes: utilize juntas não condutivas, revestimentos ou selantes;
Proteções adicionais: pinturas industriais, anodização, galvanização ou até mesmo uso de barreias dielétricas;
Monitoramento e inspeção periódica: a identificação precoce de sinais de corrosão pode evitar grandes prejuízos;
Consultoria especializada: contar com empresas que entendem da interação entre materiais e ambientes industriais faz toda a diferença.
Como a Engetex pode ajudar?
Na Engetex, entendemos que a corrosão galvânica é apenas um dos muitos riscos que podem comprometer a segurança e a vida útil das instalações industriais. Por isso, nossos projetos mecânicos, elétricos e de infraestrutura são elaborados com atenção total aos detalhes construtivos, aos materiais envolvidos e ao ambiente de operação. Desde a seleção adequada de componentes até as recomendações de proteção anticorrosiva, garantimos soluções técnicas que evitam esse tipo de problema antes mesmo que ele apareça.
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